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Análise aponta tendências do BTC para o final de 2025

A recente queda do Bitcoin no início de dezembro trouxe uma onda de preocupação para o mercado. Esse clima de apreensão fez com que analistas ficassem mais cautelosos à medida que o ano se aproxima do fim.

Atualmente, o Bitcoin está ao redor de US$ 86.802, com uma leve alta de 0,2% no dia. Quando olhamos para os reais, a moeda está cotada a aproximadamente R$ 446.049. Esses números vêm em um contexto onde o Bitcoin sofreu uma queda de cerca de 7% só em dezembro, além de uma correção significativa de aproximadamente 31% em relação ao seu pico histórico de US$ 126.080, registrado em 6 de outubro, segundo dados do CoinGecko.

O mercado de criptomoedas está vivendo um momento delicado, segundo especialistas. Informações ruins têm pesado bastante, enquanto novidades positivas não conseguem reverter a situação negativa. Derek Lim, que lidera a pesquisa na empresa de market making cripto Caladan, menciona que o Bitcoin deve ficar preso em uma faixa de grande volatilidade, oscilando entre US$ 83.000 e US$ 95.000. Mas, ele aponta que essa queda não é necessariamente um sinal de que o Bitcoin já entrou em um mercado de baixa, mas sim uma correção em um cenário de alta.

O que esperar do Bitcoin?

A queda do Bitcoin logo no começo de dezembro parece ter raízes na falta de dados macroeconômicos, que acabaram intensificando incertezas, especialmente em relação à Tether. Além disso, o aumento do preço do ouro em um cenário de baixa para ações e criptomoedas indica que muitos investidores estão se movendo para ativos considerados mais seguros.

Tim Sun, um pesquisador sênior do HashKey Group, menciona que, para o Bitcoin voltar a ter um crescimento sólido, o ambiente econômico precisaria melhorar mais do que o esperado. Ele também acredita que é improvável que o Bitcoin entre em uma trajetória de alta contínua antes de 2025, sugerindo que o mercado pode estar apenas tentando firmar um fundo.

Além da consolidação imediata

Recentemente, o Federal Reserve encerrou seu programa de aperto quantitativo, o que elimina um bloqueio importante no mercado. No entanto, Lim ressalta que ainda levará um tempo até que os efeitos positivos disso sejam sentidos. Ele traça um paralelo com 2019, quando ativos de risco começaram a subir forte cerca de seis a doze meses após o fim do último ciclo de aperto do Fed.

Para os próximos meses e anos, Lim prevê que o Bitcoin possa ser negociado entre US$ 110.000 e US$ 135.000. Essa expectativa depende do desenrolar de fatores cruciais, como a abordagem do Federal Reserve. Para que essa trajetória de alta se concretize, seria necessário mais alguns cortes de juros até meados de 2026 e um cenário de estabilidade após o fim do aperto quantitativo.

Correção dentro do mercado de alta vs. mercado de baixa

Os analistas destacam que a correção atual não deve ser confundida com um ciclo de baixa real. Sun explica que um mercado de baixa verdadeiro envolve a saída de investimentos de longo prazo, a quebra de narrativas e uma queda significativa nas instituições participantes. No entanto, o que se verifica atualmente é uma disposição menor ao risco e uma liquidez restrita.

Ele também lembra que, ao contrário do que aconteceu em ciclos anteriores, não se observa uma euforia generalizada. Enquanto as expectativas em relação a um ciclo mais ameno do Fed em 2026 estiverem firmes, o que vemos agora tende a ser uma fase de consolidação, e não um retorno a um mercado de baixa prolongada.

Entretanto, Lim deixa um alerta: se o Bitcoin cair abaixo de US$ 75.000, esse cenário de consolidação pode ser invalidado, abrindo espaço para uma correção mais drástica.

Essas nuances no comportamento do Bitcoin refletem um mercado em constante movimento e sempre nos lembram da importância de acompanhar de perto as tendências para tomar decisões informadas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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